terça-feira, 21 de julho de 2015

PÉTALA



PÉTALA


Fala-se em flores,
Vermelhas, brancas, rosas, flores.
Orquídeas, Violetas, Cravos, Rosas, flores.
Excêntricas, bonitas, exuberantes, simplesmente flores.

Fala-se em espinhos
Com a mesma intensidade com que se fala de dor
Geralmente representa lágrima em poema de amor
Embora garanta a integridade daquilo que o sobrepõe em beleza
Embora também tenha sua parte na mãe natureza
Embora não se use para fazer ninhos
Mesmo assim não se deixa de falar em espinhos

Mas e quanto à pétala?
É dela que brota a beleza infinita
Trazendo colorido ao mais simples jardim

Cores que a arte tenta plagiar com tinta
Traduzindo amores e amores enfim

É dela o aspecto de uma vistosa textura
A mais fina seda não se pode comparar
Jamais vi no mundo tamanha ternura
Sensível ao toque da luz do luar

Com ela são esculpidos múltiplos traços
Que denotam o amor no imaculado coração
A brandura afável de um apaixonado
Ou o gesto singelo de um irmão

A planta rompe a terra rumo ao céu
Se reveste de folhas ao infinito encontrar
Dá-se ao luxo do mais lindo véu
Surge então a flor, com pétalas a adornar

Espetáculo pleno de uma singeleza mágica
Me rendo ao encanto deste perfeito ser
Não h
á no mundo flor de pétala única
Na amizade, podemos assim entender.

O tempo vem para tudo levar
O que constrói com o amigo não se pode apagar
Há algo mais belo que a pétala da flor?
Ou mais sincero na amizade, o amor?
E nessa amizade vou me acalentar
Assim como a pétala, uma flor gerar.

O que seria da flor sem a pétala consigo?
O que seria do pólen sem a pétala para proteger?
O que seria a amizade sem o amigo?
Me diz, o que seria do poeta sem aquele que lê?


JJ Oliveira

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